Nova hipótese sobre sequências de eventos que originaram a Lua

 
No dia 31/10/2016 foi publicado um trabalho na revista Nature  acerca de uma nova explicação de como a lua chegou onde está.  A revista Nature sempre gosta de fazer (ou tenta)  esses tipos de publicações "impactantes", embora eu tenha preferência por artigos de outras revistas menos alarmantes. 
A grande questão é que nesse artigo " Tidal evolution of the Moon from a high-obliquity, high-angular-momentum Earth" ( http://sci-hub.bz/10.1038/nature19846)  é apresentado um modelo de evolução começando com a lua em uma órbita equatorial de rápida rotação e grande obliquidade terrestre. De certa forma isso traz certas indagações naquele modelo atual conhecido como o " Impacto Gigante".

No modelo Impacto Gigante, basicamente  um corpo do tamanho de Marte impactou a Terra primitiva há cerca de 4,5 bilhões de anos, esse impacto ejetou para o espaço uma grande quantidade de massa tanto da Terra, quanto do corpo impactante, o impacto fez com que aumentasse a rotação da Terra (um dia de 5 horas) e inclinou o plano orbital para aproximadamente 23º. Logo a Terra foi se reconstituindo, enquanto que a massa ejetada foi se agregando para formar a Lua. Durante milênios a Lua foi se afastando da Terra  e isso  fez com que  a rotação terrestre diminuísse, deixando o dia em 24 horas. Nesse modelo, a Lua deveria estar em órbita sobre o equador terrestre, entretanto a órbita atual da Lua está inclinada 5º fora do equador, e isso significaria que a quantidade de energia prevista nesse modelo de grande impacto deveria ter sido maior e possivelmente responsável pela mudança da órbita lunar.



Em 2012, um dos autores desse novo modelo  (Sarah Stewart) propôs que parte do momento angular do sistema Terra-Lua poderia ter sido transferido do sistema Terra -Sol, o que implica em mais colisão energética no início do processo. Nesse modelo de 2016, uma colisão de alta energia deixou uma massa de material vaporizado e derretido, a partir do qual formou a Terra e a Lua. A Terra foi se formando girando a partir de um dia de duas horas, com o eixo apontado para o Sol. A colisão deveria ter sido mais energética do que a atual hipótese, o material da Terra e do corpo impactante teriam se misturado entre si, e ambos ( Terra e Lua) foram condensados a a partir do  mesmo material, e por consequência tendo uma composição semelhante.


Devido às forças de maré, o momento angular foi dissipado . Assim, a Lua foi se afastando da Terra até chegar a um ponto chamado de "Plano de Transição de Laplace" onde as forças da Terra na Lua se tornaram menos importante do que as forças gravitacionais do Sol. Isso causou a transferência do momento angular do sistema Terra-Lua para o sistema Terra-Sol. Entretanto, não fez grande diferença na órbita da Terra em torno do Sol, mas possibilitou que a Terra "virasse verticalmente". Nesse ponto que os modelos construídos apresentam a Lua na órbita da Terra em um ângulo elevado, inclinada no equador.

Ao longo de milhões de anos a Lua continuou a se mover lentamente, afastando-se da Terra, até que chegou a um segundo ponto de transição, "Transição Cassini",  no qual o ângulo de inclinação  entre a órbita da Lua e do equador da Terra caiu para cerca de 5º, colocando a lua na órbita atual.  



Oziel Araújo
Oziel Araújo, geofísico pela Universidade Federal do Pampa, 
mestrando em Geologia Ambiental pela Universidade Federal do Paraná.

VII Semana de Geofísica da UFBA

 
Faltando menos de um mês para o evento, os  minicursos da VII Semana de Geofísica da UFBA já estão com quase todas as vagas preenchidas. Se você ainda não fez sua inscrição, vale a pena lembrar: é até dia 07 de novembro! Depois dessa data as inscrições só poderão ser feitas presencialmente, nos dias 21 e 22 de novembro durante o evento.

Esse ano o evento, programado para 21 a 25 de novembro de 2016, está sendo organizado pelo Capítulo Estudantil de Geofísica da UFBA associado à EAGE e conta com muitas novidades como, por exemplo, o Student Webinar "Integrated geophysical models - theory, examples and implications on creativity" a ser proferido pelo Paolo Dell'Aversana diretamente da Europa. Além disso, o GeoQuiz, sucesso na edição anterior, volta com uma nova plataforma para sua execução e prêmios para os TRÊS primeiros colocados. E não para por aí, conhecida por integrar diferentes áreas de Geociências, com ênfase em Geofísica, em suas palestras, o evento possui nove minicursos, ministrados por renomados instrutores em suas áreas:

  • MC1: Introdução ao ARCGIS - Patrícia Santana (IFBA)
  • MC2: Python: Noções básicas - Alã Damasceno (UFBA)
  • MC3: Processamento de dados magnéticos utilizando Oasis montaj - Diego Barbosa (Geosoft)
  • MC4: Geofísica aplicada à engenharia civil e geotecnia - Otávio Gandolfo (IPT)
  • MC5: Quando usar PSTM, quando usar PSDM - Fabien Marpeau (CGG)
  • MC6: Processamento de dados geofísicos usando o software livre GMT - Eder Molina (USP)
  • MC7: Uso de imagens orbitais no monitoramento de ambientes - Pablo Santos (UFBA)
  • MC8: Geofísica aplicada a estudos geoambientais - Rogério Porciúncula (NEHMA/UFBA)
  • MC9: Teoria e prática de amarração sísmica-poço utilizando o software OpendTect - Edric Troccoli (GETA/UFBA)


Para conferir mais novidades sobre a VII Semana de Geofísica da UFBA acesse o site do evento: www.semanadegeofisicaufba.com.br e curta a página no Facebook: Semana de Geofísica - UFBA




Oziel Araújo
Oziel Araújo, geofísico pela Universidade Federal do Pampa, 
mestrando em Geologia Ambiental pela Universidade Federal do Paraná.

Oportunidades na ECOPETROL - Geofísica / Geologia

 

A Ecopetrol S.A. está contratando profissionais Geofísicos para Departamento de Operações Geofísicas em Bogotá, Colombia. Os interessados no cargo devem submeter a candidatura até o dia 30 de setembro de 2016.

É essencial formação acadêmica em alguma das áreas: Geofísica, Geologia, Física, Engenharia Geológica ou Engenharia de Petróleo. Espera-se ainda que tenha mestrado ou doutorado em Geofísica.

Os cargos são voltados a trabalhos de interpretação sísmica quantitativa e caracterização de reservatórios. 


Mais informações podem ser vistas aqui:




Acesso: 20/09/2016


Oziel Araújo
Oziel Araújo, geofísico pela Universidade Federal do Pampa, 
mestrando em Geologia Ambiental pela Universidade Federal do Paraná. 

Concurso professor Adjunto A na UFBA - Geofísica/Geologia

 

O Departamento de Geofísica da Universidade Federal da Bahia informa o concurso público destinado a contratar professor Adjunto A de Perfilagem Geofísica de Poços, e que tenha graduação em Geofísica, ou Geologia ou áreas afins, com Doutorado em Geofísica com o tema relacionado à Perfilagem Geofísica de Poços. Haverá prova escrita, didática, títulos e defesa de memorial. A inscrição  poderá ser feita até o dia 29/08/2016.

Há vaga também de Professor Adjunto A de Processamento de Dados Sísmicos, e que tenha graduação seja em Geofísica, Geologia, Engenharias, Física, ou Matemática, mas que tenha doutorado em Geofísica. Também haverá prova escrita, didática, títulos e defesa de memorial. O período de inscrição até o dia 29/08/2016.

As inscrições devem ser realizadas no site www.concursos.ufba.br, e maiores informações podem ser vista no edital:



Fonte: PCI Concursos acesso 08/07/2016





Oziel Araújo
Oziel Araújo, geofísico pela Universidade Federal do Pampa, 
mestrando em Geologia Ambiental pela Universidade Federal do Paraná. 

Concurso professor substituto UFPel - Geofísica/Geologia

 

A Universidade Federal de Pelotas abriu concurso para diversas áreas. Há uma vaga para Professor Substituto de Geofísica, requisito básico de graduação em Geofísica ou Geologia com qualquer nível de pós-graduação em Geologia ou Geofísica. O candidato selecionado será contratado por tempo determinado, por um período de até 01 (um) ano, admitida a prorrogação, desde que o prazo total não exceda a 02 (dois) anos. 

As inscrições estão abertas até o dia 06 de julho de 2016 com taxa no valor de R$ 50,00.

Maiores detalhes podem ser vistos em:


Acesso: 02/06/2016



Oziel Araújo
Oziel Araújo, geofísico pela Universidade Federal do Pampa, 
mestrando em Geologia Ambiental pela Universidade Federal do Paraná. 



Bolsa de Doutorado Pleno no Exterior - Geologia/Geofísica

 
O portal da Capes deixa disponível de 06 de julho de 2016 a 30 de agosto de 2016 as inscrições para o Doutorado Pleno no Exterior. Nesse processo estão ofertadas cerca de 200 vagas. O resultado final será divulgado a partir de 18 de abril de 2017, e início dos estudos entre os meses de julho e novembro de 2017.

Inicialmente a duração da bolsa é de 12 meses, podendo ser renovada sob condição de desempenho acadêmico satisfatório com vigência até o mês da defesa da tese, não ultrapassando 48 meses. Caso o doutorado não seja concluído dentro do período de concessão, poderá ser requerida a extensão da permanência no exterior sem bolsa por, no máximo, 12 (doze) meses.

Dentre os requisitos, o candidato deve ter diploma de nível superior, não estar recebendo nem ter recebido bolsa de estudos do governo brasileiro para realização do doutorado no exterior; ser brasileiro (a) ou estrangeiro (a) com visto permanente no Brasil;  não possuir título de doutor. Outros detalhes poderão ser consultados no edital que segue no link abaixo.

Mais informações acesse: http://www.capes.gov.br/bolsas/bolsas-no-exterior/doutorado

Edital: http://www.capes.gov.br/images/stories/download/editais/01072016-Edital-n18-Doutorado-Pleno.pdf

Acesso em: 01/07/2016




Oziel Araújo
Oziel Araújo, geofísico pela Universidade Federal do Pampa, 
mestrando em Geologia Ambiental pela Universidade Federal do Paraná. 



ESTÁGIO IPT: GEOLOGIA e GEOFÍSICA

 

Cursos: Oceanografia, Geologia, Geofísica

Você que é aluno do 3º/4º/5º ano dos cursos de Geologia/Geofísica/Oceanografia com disponibilidade para estágio no CT-GEO e quer estagiar no Instituto de Pesquisas Tecnológicas, fique atento a essas datas de inscrição, 23/06/2016 a 25/07/2016.

A vaga é para estagiar na Seção de Investigações, Riscos e Desastres Naturais para atividades de: Desenvolvimento de habilidades no manuseio de dados de Sonar de Varredura Lateral, Perfilagem Sísmica Contínua e Batimetria por meio dos softwares SonarWix 5, MDPS (Meridata), OpendTect, desenvolvimento de habilidades em softwares de SIG (Sistemas de Informações Geográficas) por meio dos softwares Surfer e Global Mapper para a elaboração de mapas com diversas finalidades (cálculo de volume de reservatórios, profundidade de estratos sedimentares), leitura de artigos técnicos e manuais de softwares, participação de atividades de campo de aquisição de dados geofísicos, participação na elaboração de relatórios técnicos.

Mais informações acesse: http://www.ipt.br/trabalhe/programa_de_estagio/vagas/328-328___Estagio_na_area_de_geofisica_em_ambientes_submersos_rasos.htm



Fonte: IPT


Oziel Araújo
Oziel Araújo, geofísico pela Universidade Federal do
 Pampa, mestrando em Geologia Ambiental pela Universidade Federal do Paraná. 


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